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Nada se cria tudo se copia.

09/08/2009

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Quando exerci o cargo de 3º escalão do Governo de Minas Gerais sob a liderança de Hélio Garcia, no campo do Comércio Exterior e Comércio Interno, em função das diretrizes de governo, desenvolvemos uma serie de Programas e Sub-Programas direcionados a Feiras e Eventos em Minas Gerais. Viajamos com nossa diretoria e assessoria por todo o estado e país, como também estivemos na Alemanha e Chile, como o mesmo propósito, isso é buscar subsídios para o estabelecimento de um ponto focal de realização de turismo de eventos em Minas. Colemos através da ferramenta administrativa o benchmark dados importantes, como experiências vividas, infra-estruturas existentes, metodologias adotadas de realização de eventos e a gestão administrativa. Com dados, fotografias, depoimentos, pesquisas e estudos, reunimo-nos com os promotores de eventos do estado e atores envolvidos no projeto, como secretarias públicas, instituições, órgãos e empresas de serviços,etc. Criamos grupos de trabalho com a coordenação nossa, discutimos a lei de feiras do estado, buscando aperfeiçoá-la, discutimos o projeto na sua magnitude, sempre buscando o que era de melhor com visão futurista, apesar de debates fortes sob conceito de criação da infra-estrutura para realização de eventos. Havia correntes que por imediatismo queria de todo o jeito um centro de Exposição e Convenção feito de placa de muro como o de Porto Alegre e Brasília com o tamanho de 2 mil metros. E a nossa corrente que desejava tecnicamente construir um Centro para o porte da capital mineira e porque não do estado, já que nosso pensamento era de que estrategicamente iríamos ser o ponto focal dos eventos nacionais e internacionais do nosso país. O atual Senador Eduardo Azeredo e o seu Secretário de Obras nosso amigo Engenheiro Celso, participaram ativamente das reuniões e deram as contribuições indispensáveis para o sucesso do pretendido. Fotografamos vários locais e chegamos à conclusão de que esse centro teria que ter acesso rápido, acomodação de 5 estrelas, realização de eventos técnicos e não de varejo, exposições de máquinas pesadas, o tamanho deveria ser de 40 mil metros quadrados, construindo os primeiros 10.000 dividido através de modulações visando a realização de n eventos ao mesmo tempo. Denominamos então a obra: Centro Internacional de Convenções, Exposições e Word Trade Center, pois além do espaço de exposições e convenções o local abrigaria várias salas de reuniões relativas ao comercio internacional, acordo entre nossa superintendência e a Câmara Internacional de Comercio do Brasil, cujo presidente era o meu amigo Guilherme Emerich. Terrenos foram apresentados, como os da Universidade Federal e o do Exército, porém não chegou a um acordo. Atualmente o centro é denominado Expominas e se situa na gameleira. Discorri sobre esse episódio com o objetivo de demonstrar a comunidade de Juiz de Fora, que não devemos pensar pouco e sim alto, afinal já temos o Expominas e não um centro feito de placas de muros. O que nos resta é desenvolvermos um planejamento de administração do local, visando não só os eventos nacionais, mas também os internacionais, pois teremos em breve o funcionamento do aeroporto regional da zona da mata. Não se esqueçam que o Expominas é regional. Montemos um conselho com a participação da sociedade juizforana e contratemos profissionais para que eles possam administrar com sucesso maximizando resultados. Turismo de Negócios tem que ser visto como um todo, lazer, cultura, esporte, ecologia, culinária,exposições industriais e comerciais,etc. Tudo traz riquezas e com o tempo faz história, não se consegue resultados sem planejamento e sem semear ações. A Constancia dos eventos e o marketing logicamente fixarão na mente das pessoas o desejo de participar e eventos de expressão terão efeito onda por todos os cantos do mundo. Quando fui Superintendente de Comércio Exterior do Estado em minhas missões internacionais só vi folder da Cidade de Ouro Preto. Pasmem eles ficavam malucos para conhecerem e viam a cidade no mapa, porém não sabiam o que era Minas Gerais, fizemos uma revista de Minas em Inglês e distribuímos em todas as embaixadas, participamos de várias feiras internacionais, além de buscarmos investidores estrangeiros junto com a equipe técnica do INDI e da Secretaria de Assuntos Internacionais, gerenciada pelo meu amigo Carlos Orsini. Uma das razões da vinda da Mercedes foi a nossa estada de um mês na Alemanha participando do Seminário Cooperação Brasil – Alemanha – Estado de Minas Gerais. Nada se cria tudo se copia, para que ficar gastando fosfato se tem experiências e conhecimentos que possam ser democratizados sem custo. A Feira também do Chile a FISA também nos trouxe muitos subsídios. Temos entidades brilhantes em nossa comunidade na área de turismo, como o Convention Bureau, administrado pelo nosso também companheiro Marco Antonio, que luta diariamente para que nossa cidade se transforme em um pólo de negócios, gerando empregos e riqueza e temos também a nossa Abrasel que com a sua diretoria tem transformado a nossa cidade na questão gastronômica ofertando e disponibilizando a todos a nossa esmerada e inigualável culinária. Se entendermos que estrategicamente o nosso negócio é o turismo de negócio, temos que investir e agir ordenadamente, cobrando também atitudes dos participes. A Estrada Real, os Caminhos, os Museus principalmente o Mariano Procópio já temos outros 15, o Cinema Central, a primeira Usina Hidroelétrica da América do Sul e tantos outros estoques turísticos, além da grandiosa Feira da Epamig e da Unilar. Temos que esquecer vaidades e ver o que realmente é bom para Juiz de Fora, o governo tem que pegar esse vírus e dizer também concordo que o Turismo de Negócios é a nossa bandeira e a primeira providencia é criarmos a Secretaria de Turismo de Juiz de Fora , contratando pessoas do ramos com experiências e visões a longo prazo de onde JF estará. Essa é a minha opinião.