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E a Crise!

02/10/2009

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Um economista amigo meu me disse que fez um esforço tamanho para ler os meus artigos, me criticou dizendo que no inicio do artigo Ilusionismo Econômico, eu citava acontecimentos em que explorava o conceito de economia e economista, mas que eu não disse nada do que significava e assim ele nada entendeu.

Logicamente eu tentava mostrar no eu da questão que existe gente falando de economia sem ser economista e as coisas ficando do mesmo jeito, pois ninguém sabe nada, fala nada e nada acontece e o pior acreditam. Se a mentira for difundida com entusiasmo e crendice torna-se verdade em um país cheio de cegos.

Para ele: Conceitos: Economia não é uma ciência exata. Os fenômenos econômicos por serem extremamente complexos exigem uma visão ampla para que se possa entendê-los. No mundo existe um conjunto de fundamentos,  históricos, políticos, culturais, ambientais, sociais, ecológicos, etc. Dizia ao meu estagiário de economia no CIJF, você precisa ter sensibilidade e abertura para entender a complexidade do sistema, interpretar, resumir e difundir as idéias junto ao universo empresarial, mas sempre com humildade. Existem inúmeras variáveis exógenas e endógenas aparecendo minuto a minuto e necessitamos entendê-las  em sua profundidade para que possamos prescrever um remédio eficaz, porém sempre lembrando o conceito “Ceteris Paribus”. Ceteris Paribus é uma expressão do latim que significa “as de mais a par” ou “tudo o mais constante”, isto é, mantendo-se “todas as outras variáveis inalteradas”. A mesma coisa acontece quando você pede a um advogado um parecer sobre uma situação difícil de sua empresa, o resultado é igual ao Múcio.

O governo quer mostrar  a todo custo, que o que fez em matéria de política econômica está dando certo, que a crise não houve e que o país está de vento em poupa. O presidente foi elogiado pelo jornal francês “Le Monde”. Você não pode se transformar no sapo  do buraco, você tem que ler, ler e ler e aprender, aprender e aprender. Vamos entender a Crise: O sistema financeiro mundial ficou muito integrado e mais instável com a evolução dos tempos. Já faz muito tempo que as transações financeiras vêm superando as transações de bens e serviços, pois o ganho é muito maior. Porém como esses fluxos financeiros são de curto prazo, altamente voláteis e especulativos, as finanças internacionais tornaram a economia mundial muito instável e fragilizada. Os interesses econômicos e financeiros heterogêneos dos países do grupo dos 7 não os permitem cumprir as regras da globalização e faz com que imponham as suas próprias, provocando incertezas e imprevisibilidades na conjuntura.

Realmente para nós país emergente, a crise não foi tão intensa a tempo de levar a grandes prejuízos, nossa economia é fechada e familiar, temos nesse episódio apenas a participação de 0,75%. O universo de micro e pequenas empresas industriais são de 98%, sobrando apenas 2% de médias e grandes indústrias. Como nossa economia é bem sedimentada por commodities, alguns por centos de indústrias sofreram impactos de mercado no comércio internacional, porque os preços caíram e não houve incentivo para produção, levando a ação de redução e cancelamento de investimentos. Nosso país representa no comércio internacional apenas 1 %, isso demonstra que não temos cultura exportadora, porém os resultados da exportação são significantes para a nossa economia. Não acreditam nisso? O presidente disse que iria taxar a poupança a partir de R$ 50 Mil reais, pois somente 1% da população tem poupança acima de R$ 50 Mil. É a mesma coisa.

Resumindo, no mercado doméstico não houve impactos como puderam ver pela explanação anterior, mas a economia como um todo sentiu a crise que estava alocada nos aproximadamente 2%, pois nem todas as indústrias produzem commodities. O reflexo foi nos empregos e tributos, foram quase 580 mil demitidos. Em função do exposto o governo começa a pressionar os empresários dos mais ou menos 2% para que eles retomem com ímpeto os investimento, como se soubessem administrar ou pensar planejamento e isso se deve a baixa arrecadação que se comparada ao ano anterior teve uma queda brusca( mesmo período) de aproximadamente 6,28%. Dados estatísticos demonstram: 2009 arrecadação de 15,33% do PIB, 16,70% em 2008, 14,9% em 2007 e por fim 14,51% em 2006. Por isso que no RJ que já se prepara para as olimpíadas de 2016, já irá faturar segundo o Jornal Extra 500milhoes em multas, acordo entre os administradores do trânsito descoberto pela Policia Civil, dado esse que sem dúvida iria colocar nosso país em primeiro lugar medalha de ouro em alternativas de faturamento. Por falar nisso, eles começam com o canto da sereia, vamos educar as crianças nas escolas sobre o trânsito, mas esquecem que lês tem que fazer o dever de casa, primeiro eles se educarem. Foram arrecadados 75 milhões de reais no trânsito do RJ esse ano e só foram investidos na suposta educação 45 mil reais, essa é a contra partida, perguntam aleatoriamente: E o resto? Isso é o que se aprende na escola. O governo necessita urgentemente que as empresas faturem, pois precisam arrecadar, pois continuam gastando mais do que arrecada. Aumento de funcionários públicos, bolsa família, reajuste do salário mínimo, benefícios outros sociais, formam a conhecida bolha. A retirada do IPI dos veículos irá sem duvida piorar a situação, os investimento financeiros que também fazem parte do bolo, devem retomar o viés de ascensão a partir de janeiro de 2010, provocando sinais de melhora e por fim a indústria petrolífera com a mudança de tributação deve piorar a arrecadação. Apesar de se difundirem que existe crédito abundante, ao que nos parece isso não é verdade, pois existe sim uma escassez provocada pela crise e as empresas optaram por atrasar o recolhimento de tributos com o objetivo de manter o caixa, contornando as suas dificuldades financeiras do dia a dia. No fritar dos ovos o brasileiro é bonzinho e para comprovar, prestem atenção nos resultados da próxima eleição.