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O ar, um dos bens mais importantes da vida, perde fôlego na economia do país.

14/09/2010

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Estamos sentindo o clima mais seco, sendo que em alguns estados a unidade encontra-se a 7%, trazendo sérios problemas a nossa sociedade. Estão buscando os motivos e razões ambientais para justificar tais casos, porém se esqueceram da nossa economia.

Segundo dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o Brasil no que tange a recuperação econômica é o que mais perde fôlego entre os 35 principais mercados mundiais e que o processo de retomada do crescimento no período de pós-crise já teria atingido seu pico. Esse alerta, confirma a desaceleração da recuperação mundial e sinaliza que serão necessários novos incentivos objetivando evitar a estagnação do PIB Global.

A OCDE afirma que o bom momento do Brasil chegou a seu limite. A tendência agora é de retração. Os sinais fortes de que a expansão perdeu velocidade surgiram no Japão e nos EUA. (Jornal Estado de São Paulo).

Gente, eu que sou estudioso e pesquisador, fico perplexo com essas noticias, pois as mesmas vêm confirmar o meu pensamento já descrito em outros artigos quando questiono o crescimento falaciano da economia brasileira.

Relembramos: O IBGE divulga que o PIB brasileiro do primeiro semestre de 2010, em valores relativos alcançou o patamar de 8,88%, comparando com o primeiro semestre de 2009. Resultado nunca Dante visto desde 1997. Estamos num período eleitoreiro e ai tudo é válido, festas são promovidas para comemorar tal façanha.

Esquecem que a população brasileira não feita só de analfabetos e que existem pessoas que tem instrução  e estudam tais fenômenos. Não podemos comparar alhos com bugalhos. A base de comparação é errônea, pois estamos comparando o primeiro semestre de 2010 com 2009, donde o primeiro semestre de 2009 foi tecnicamente deprimido em valores. O certo é comparar o primeiro semestre de 2010 com o primeiro semestre de 2008, e ai, o resultado é outro, isto é, 3,36% não tão comemorados.

Quanto a conceitos, analisamos e cheguemos à conclusão de que o crescimento do PIB nem sempre é bom,  depende do que cresceu e se isso é estrategicamente profícuo para o país e atende a interesses nacionais.

O que eles não divulgam é que o recorde de crescimento se deu no desempenho da arrecadação  de impostos federais.Atingimos o valor relativo de 9, 38% média de 4,6% aa. O crescimento dos lucros de instituições financeiras, patamar de 15,52% média de 7,48%. Esses são dados fantásticos. Quem está ficando rico nesse país? Será que isso é que é estratégico.

O trimestre atual (jul a set) não apresenta o mesmo viés cantado pelos economistas do governo. Apresenta curva em declive, demonstrando o desaquecimento industrial, retração de investimentos.

Esse cavalo paraguaio começa a mostrar porque veio, pois ele é circunstancial e temporário. Os investimentos estão se retraindo, e os atuais estão em níveis baixos, tanto no setor público como no privado.

Será que eleição é um mal necessário? Estamos ficando asfixiados.