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Vozes da Zona da Mata

17/05/2011

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Durante mais de 35 anos a Região da Zona da Mata Mineira, que tem a mera semelhança da Zona da Mata de Pernambuco, ficou no esquecimento e a falta de atitudes de falsos profetas, que poderiam ter contribuído para o seu crescimento e desenvolvimento. Com 142 cidades que em sua totalidade vive de monoculturas e agropecuária, sofre com sérios problemas de identidade e visão. O saudoso Mello Reis quando do exercício de Secretário de  Indústria do Estado, queria a todo custo que a Secretaria do Planejamento troca-se o nome de Zona da Mata para Sudeste Mineiro, devido o nome da região pernambucana, que é uma área degradada, porém eles não aceitaram. Com a falta de representatividade e ausência do governo, a região ficou a deriva e ai começou a enfrentar crises de identidade, como a falta de definição sobre o que produzir para crescer e desenvolver. Será que esta nossa vocação é a real, ela traz riquezas, devemos procurar outras opções, mas quais. Participei de vários encontros na Região e ouvi seus reclames, até a questão dos incentivos fiscais, empresas mudando o seu registro de sede. Eles têm razão, ninguém se  preocupa com eles, não existe por lá as tecnologias de educação e de produtos e serviços, como pensar e agir estrategicamente, necessitam de técnicos do governo e de entidades desenvolvimentistas para orientar. Todo mundo quer assinar o trabalho que vai valer nota, mas ninguém quer dar um pouco do seu tempo a esta causa tão nobre. Segundo Fábio Junior em sua canção: Muito cacique para pouco índio, muita luz e pouco som, as pessoas querendo ser o que não são. O Poder da caneta nunca se fez tão ausente, somente durante as campanhas é que vemos os falsos prenúncios. Muitos andam pregando que não devemos falar das coisas negativas, vamos olhar o futuro com olhos de palhaço alegres. Devemos pregar a cultura do sapo no buraco, olhando sempre para um ponto, o do paraíso, devemos morrer sorrindo e quentinhos deixando o fogo queimar os fatos reais escondidos debaixo dos tapetes da vida. Um dos instrumentos fundamentais para o desenvolvimento é o Diagnóstico e muitos que usaram a palavra falaram que chega de diagnósticos, a coisa agora é para valer. Gente, que coisa! Que diagnósticos? O único que eu conheço foi o do BDMG feito há muito tempo atrás e trazia relatos não muito favoráveis à região. O diagnóstico é um instrumento utilizado pelos médicos para descobrirem as causas de doenças, o que é feito também em empresas e também no setor publico, não deve ser deixado de lado. Temos que saber os nossos pontos fracos e não vivermos deles, eles deverão ser eliminados, conceitos de administração, análise Swot. Participei da coordenação dos trabalhos propostos pelo Governo de Minas, objetivando a recuperação econômica da Região, foram meses de trabalho com gente séria sem políticos. Os rojetos afloraram e todos nós participes acreditamos nas sua concretização, mas enfim, foi mais um falso alarde, não temos noticias até hoje. O trabalho foi organizado e a região participou dando assim um caractere rofissional e sério, coisas de Brasil. Hoje o assunto volta à tona, e o movimento não é só de um político não, são de vários, todos querem compartilhar e aparecer na tela e foto. O lado positivo é que a tecla de cobrança e  meditação tem sempre que ser startada, isso faz movimento e quem sabe algum dia acontece o inesperado. Vi a UFJF com alguns parceiros desenvolverem propostas até então já conhecidas de todos, mas mesmo assim, é positivo, a Coca-Cola venceu assim, massificando. O que eu vejo é que devemos aplicar os conhecimentos oriundos de nossa faculdade, no campo da administração: tudo dará certo se organizarmos, administrarmos, coordenarmos, controlarmos os projetos e ações definidos, o modelo ideal seria na forma que utilizamos hoje nos APLs. Vamos aguardar para vermos os resultados, que espero seja profícuos, a união é fundamental e o esforço também, não podemos infinitamente viver de demagogias. Parta do principio de que nada é impossivel de se fazer, porém temos que observar que a competência é fundamental.