Como todos têm conhecimento o nosso país é considerado como emergente, isto é, em crescimento, por isso algumas vezes não sofre abalos fortes que possam nocautear a nossa economia, pois a sua participação nos processos é pequena e algumas vezes até inexistentes.
A crise de 2008 nos fez alguns arranhões devido nós sermos globalizados, os países do grupo dos 7 sofreram mais, porque participaram ativamente do processo.(Crise imobiliária).
Em 2010 tivemos uma economia saudável, com relativo crescimento em suas áreas produtivas, chegando nosso PIB a atingir 7,5%, uma economia superaquecida, fato marcante nas ultimas duas décadas.
Em 2011 estamos vendo um arrefecimento de nossa economia devido as medidas do governo de conter a expansão do consumo, aliado à nova crise mundial, que eclodiu principalmente na União Européia, além dos sérios danos que passa a economia americana.
Devemos crescer moderadamente este ano de 2011 em torno de 3,2% a 4,1% ao ano, devido o arrefecimento do nos nossos meios produtivos.
Face ao exposto, vamos tentar desenhar um futuro próximo em termos de economia, pois não somos a mãe Dinah, nem o ilusionista Chris Angel e nem Morris Albert e raciocinamos no conceito Ceteris Paribus.
Diante do contexto mundial e nacional, nosso governo deverá procurar ajustar a sua política econômica utilizando com maior intensidade a política fiscal e reduzindo a importância da política monetária. Senão vejamos:
- Diminuição dos gastos correntes;
- Priorização de investimentos em setores estratégicos;
- Redução de Tributos;
- Minimização das dividas;
- Controle da Inflação;
- Controle do Câmbio.
A postura do Banco Central deve mudar e deixar de ser extremamente conservadora e fazer as mudanças necessárias para a redução das taxas de juros que atualmente encontra-se no patamar de 11% sendo um das mais altas do mundo. Isto tem provocado o crescimento zero nesta semana do meio industrial, velocidade que assusta a todos e ao governo.
Nós temos previstos para 2012 se tudo permanecer como estamos desenhando o país, um crescimento forte e sustentável, uma ampliação da classe média e um bônus demográfico. Teremos diversas oportunidades de investimentos, mas temos que ter estimulos econômicos:
- Exploração da camada do pré-sal;
- Ampliação e modernização da infraestrutura;
- Vastas reservas de commodities minerais;
- Potencial de ampliação de área cultivável e incremento da produção agrícola;
- Copa do Mundo e Olimpíadas.
Mas tudo não depende de nós, somos globalizados e o que acontece no mundo nos impacta. Muitos acreditam que o Banco Central vai reduzir as taxas de juros objetivando conviver com o crescimento que vai chegar a médio prazo.
Com isso, mesmo fazendo o nosso dever de casa as variáveis exógenas nos impõem condições e situações.
O Cenário Internacional é incerto e nos reporta o seguinte:
- O crescimento nos EUA está perdendo força, o desemprego aumenta;
- Forte crise relativa a dívidas na União Européia;
- Pressão inflacionária na China e outros países emergentes;
- Forte crise política no Norte da África provocando preocupações com relação a risco nuclear;
- Retração econômica no Japão, além de terremotos, tsunami e risco nuclear;
- Interrupção de importantes cadeias produtivas mundiais;
- Rediscussão sobre fontes de oferta de energia.
É um cenário assustador, mais é real, temos uma economia mais preparada, porém não conseguiremos mudar o cenário, pois são variáveis incontroláveis.
Em 2012, teremos uma maior convergência da inflação e crescimento (queda), teremos uma contenção do consumo. O crescimento econômico só pegará fôlego a partir de 2013 e estará forte em 2014.
A perspectiva de nosso crescimento para 2012 é acanhada, girará em torno de 3,7% no ano. Em 2013, o ciclo será mais positivo, ocorrendo queda da inflação e juros e a expansão fiscal um pouco menor do que em 2012.Tudo isso, em decorrência da realização das Olimpíadas e Copa do Mundo e de sobra as eleições presidenciais.
Em 2012, o pessoal está somente arrumando a casa para a grande festa e entrada de recursos.
O mundo deverá crescer em torno de 3%, os EUA em torno de 1, 4% e a China em torno de 8%.
A Taxa Selic em 2012 deverá ficar em torno de 9,75% e o câmbio em 1, 80.
O Brasil crescerá maior que a média mundial que será de 3,5% em 2012 e de 4,2% em 2013.
Apesar de a inflação estar controlada eu tenho as minhas dúvidas, pois ela é muito persistente e qualquer erro na política econômica, ela virá como fome voraz. O setor que nos incomoda em termos inflacionário é o de serviço, pois enquanto a média inflacionária é de 6,5% a de serviço é 9% e a alimentação 10%. O que nos dá certa tranqüilidade é que temos um sistema financeiro sólido e um Banco Central atento. Alerta: As empresas tem como obrigação refazer seus planos de médio prazo para 2012, face a incerteza de crescimento interno como externo. A longo prazo o governo deveria ir pensando em realizar as reformas tributária,da previdência e da educação, visando incrementar a poupança interna e melhorar a queda da produtividade brasileira, o que nos preocupa é que o governo tem ojeriza a reformas.