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Perspectivas da economia brasileira para 2012.

06/12/2011

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Como todos têm conhecimento o nosso país é considerado como emergente, isto é, em crescimento, por isso algumas vezes não sofre abalos fortes que possam nocautear a nossa economia, pois a sua participação nos processos é pequena e algumas vezes até inexistentes.

A crise de 2008 nos fez alguns arranhões devido nós sermos globalizados, os países do grupo dos 7 sofreram mais, porque participaram ativamente do processo.(Crise imobiliária).

Em 2010 tivemos uma economia saudável, com relativo crescimento em suas áreas produtivas, chegando nosso PIB a atingir  7,5%, uma economia superaquecida, fato marcante nas ultimas duas décadas.

Em 2011 estamos vendo um arrefecimento de nossa economia devido as medidas do governo de conter a expansão do consumo, aliado à nova crise mundial, que eclodiu principalmente na União Européia, além dos sérios danos que passa a economia americana.

Devemos crescer moderadamente este ano de 2011 em torno de 3,2% a 4,1% ao ano, devido o arrefecimento do nos nossos meios produtivos.

Face ao exposto, vamos tentar desenhar um futuro próximo em termos de economia, pois não somos a mãe Dinah, nem o ilusionista Chris Angel e nem Morris Albert e raciocinamos no conceito Ceteris Paribus.

Diante do contexto mundial e nacional, nosso governo deverá procurar ajustar a sua política econômica utilizando com maior intensidade a política fiscal e reduzindo a importância da política monetária. Senão vejamos:

  1. Diminuição  dos gastos correntes;
  2. Priorização de investimentos em setores estratégicos;
  3. Redução de Tributos;
  4. Minimização das dividas;
  5. Controle da Inflação;
  6. Controle do Câmbio.

A postura do Banco Central deve mudar e deixar de ser extremamente conservadora e fazer as mudanças necessárias para a redução das taxas de juros que atualmente encontra-se no patamar de 11% sendo um das mais altas do mundo. Isto tem provocado o crescimento zero nesta semana do meio industrial, velocidade que assusta a todos e ao governo.

Nós temos previstos para 2012 se tudo permanecer como estamos desenhando o país, um crescimento forte e sustentável, uma ampliação da classe média e um bônus demográfico. Teremos diversas oportunidades de investimentos, mas temos que ter estimulos econômicos:

  1. Exploração  da camada do pré-sal;
  2. Ampliação  e modernização da infraestrutura;
  3. Vastas reservas de commodities minerais;
  4. Potencial  de ampliação de área cultivável e incremento da produção agrícola;
  5. Copa do Mundo e Olimpíadas.

Mas tudo não depende de nós, somos globalizados e o que acontece no mundo nos impacta. Muitos acreditam que o Banco Central vai reduzir as taxas de juros objetivando conviver com o crescimento que vai chegar a médio prazo.

Com isso, mesmo fazendo o nosso dever de casa as variáveis exógenas nos impõem condições e situações.

O Cenário Internacional é incerto e nos reporta o seguinte:

  1. O crescimento nos EUA está perdendo força, o desemprego aumenta;
  2. Forte crise relativa a dívidas na União Européia;
  3. Pressão inflacionária na China e outros países emergentes;
  4. Forte crise política no Norte da África provocando preocupações com relação a risco nuclear;
  5. Retração econômica no Japão, além de terremotos, tsunami e risco nuclear;
  6. Interrupção de importantes cadeias produtivas mundiais;
  7. Rediscussão sobre fontes de oferta de energia.

    É um cenário assustador, mais é real, temos uma economia mais  preparada, porém não conseguiremos mudar o cenário, pois são variáveis incontroláveis.

Em 2012, teremos uma maior convergência da inflação e crescimento (queda), teremos uma contenção do consumo. O crescimento econômico só pegará fôlego a partir de 2013 e estará forte em 2014.

A perspectiva de nosso crescimento para 2012 é acanhada, girará em torno de 3,7% no ano. Em 2013, o ciclo será mais positivo, ocorrendo queda da inflação e juros e a expansão fiscal um pouco menor do que em 2012.Tudo isso, em decorrência da realização das Olimpíadas e Copa do Mundo e de sobra as eleições presidenciais.

Em 2012, o pessoal está somente arrumando a casa para a grande festa e entrada de recursos.

O mundo deverá crescer em torno de 3%, os EUA em torno de 1, 4% e a China em torno de 8%.

A Taxa Selic em 2012 deverá ficar em torno de 9,75% e o câmbio em 1, 80.

O Brasil crescerá maior que a média mundial que será de 3,5% em 2012 e de 4,2% em 2013.

Apesar de a inflação estar controlada eu tenho as minhas dúvidas, pois ela  é  muito persistente e qualquer erro na política econômica, ela virá como fome voraz. O setor que nos incomoda em termos inflacionário é o de serviço, pois enquanto a média inflacionária é de 6,5% a de serviço é 9% e a alimentação 10%. O que nos dá certa tranqüilidade é que temos um sistema financeiro sólido e um Banco Central atento. Alerta: As empresas tem como obrigação refazer seus planos de médio prazo para 2012, face a incerteza de crescimento interno como externo. A longo prazo o governo deveria ir pensando em realizar as reformas tributária,da previdência e da educação, visando incrementar a poupança interna e melhorar a queda da produtividade brasileira, o que nos preocupa é que o governo tem ojeriza a reformas.