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A Crise Econômica e as Indústrias.

03/08/2012

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A filosofia Barrichello faz com que nosso país acorde para a crise, porém a velocidade ainda é baixa no tocante a ajustes e medidas para superar a talvez maior crise da indústria brasileira.

Nosso país terá que superar esses momentos buscando atender o seu mercado interno, mercado esse de dar inveja ao mundo. Alguns chegam a dizer que não precisamos do mercado externo, pois temos tudo aqui e 198 milhões de habitantes.

O governo criou mais uma classe social na pirâmide social, a tão esperada classe D, não esquecendo a classe E, que é a dos miseráveis.

Com uma política social violenta o governo justifica a distribuição de rendas, injetando milhões de reais, fazendo com que houvesse uma ascensão descontrolada da demanda interna, provocando não só inflação como também uma significativa inadimplência.

A executiva do país afirmou que uma grande nação deve ser medida por aquilo que faz pelas crianças e adolescentes; não é o PIB, é a capacidade do país, do governo e da sociedade de proteger o que é seu presente e futuro, que são suas crianças e seus adolescentes. Em resumo devemos viver somente de amor, esqueçam o dinheiro, o PIB não mede nada, temos que explicar para ela que o PIB não é trena..

Quando eu falo que o país é um dinoussauro herbívoro, pessoas me criticam.

O problema nacional é ter o olho maior que a barriga, é ficar satisfeito de andar sempre de óculos escuros e por vez ser míope.

Nosso crescimento é medíocre, não vimos investimentos no setor público e nem tão pouco no privado, vivemos de passado e o pior sobre bases utópicas, como terem áureos dias de recursos originados de venda de commodities, que agora se complica pelo preço internacional baixo. Vimos também o endividamento assustador das famílias compras de veículos e eletrodomésticos, fruto de uma política social sem planejamento, uma corrosão de rendas das famílias pela excessiva política de juros adotada pelas instituições financeiras.

Eu busco e não vejo um viés de política do governo a longo prazo para solucionar o nosso problema, além de serem lentos, perdem o foco facilmente.

Acho que não são só os economistas que vêem que a atual crise está longe de acabar, mas também grandes empresários, visto a política adotada de frear investimentos.

Temo que achar o fio da meada, o que me parece obviamente controlarmos a entrada de importados e adotar uma política cambial favorável, impulsionando nossas exportações e gerando e maximizando os lucros das empresas que comercializam no mercado externo.

Muitos leigos culpam a crise como responsável pela perda de competitividade, mas isso não é verdade, o Brasil é que não fez o seu dever de casa, Istoé, é muito lento para tomar decisões estratégicas.

Vou chover no molhado, mas tenho que comentar: Cadê a ação de redução de impostos, a tão falada reforma tributária? Vocês acreditam que ela vai acontecer? Claro que não!

A reforma provoca a redução de receita do governo.

A projeção do PIB mais otimista é de 2,7% ao ano e tem gente que está super satisfeita com esse valor relativo. Visão pobre.

Problemas graves precisam ser resolvidos, como: Custos elevadíssimo de nossa energia (Falta investimentos); Custos altíssimo do trabalho e por fim falta de infraestrutura.

Lembrete, para que o câmbio continue nesse patamar competitivo, torna-se necessário que haja uma continua política de manutenção de juros baixos e que a inflação permaneça em valores aceitáveis, mas para que isso aconteça o governo tem que fazer agora, o seu dever de casa, conter seus gastos correntes e aumentar os seus investimentos.

Nosso país tem grandes desafios para promover uma Política Industrial positiva, que são: Imediata e real redução do Custo Brasil e a criação de condições para uma transformação na estrutura industrial.

A menor participação do setor industrial no PIB não é um resultado de mudança de demanda e tecnologia e sim a meu ver um inchaço no setor de serviços de baixa produtividade, temos que mudar o nosso perfil, temos direcionar os meios produtivos para setores novos e estratégicos, como os setores de tecnologia de ponta.

Tenho participado de encontros políticos sobre ações de futuro para promover o desenvolvimento econômico de Juiz de Fora e o que tenho visto é uma total escuridão de visão em seus lideres, eles acham que planejamento e simplesmente papel na mesa, os planejadores meros ensaístas de prancheta, ledo engano, eu escrevi em antigo anterior o Poder da Caneta. Priorize os projetos oriundos do planejamento de forma racionalizada e os faça acontecer, porque manda quem pode obedece quem tem juízo.