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O Crescimento e Desenvolvimento Econômico no Brasil dependem mais do Setor Privado do que do Setor Público ou é o contrário.

19/12/2012

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Muito se fala que a economia brasileira é totalmente dependente do governo e que esse cordão umbilical ainda não foi rompido. O valor relativo da composição de nossa economia produtiva é 98% de representatividade do setor industrial e 95% no setor de comércio e serviço, talvez justifique essa afirmação. Mas esses 98% representam em contribuição financeira para impostos ao município, estado e a união em torno aproximado de 3%, o que em tese não iria modificar cenários brutais de nossa macro economia.

Sobram então, 2% para as médias e grandes empresas, essas sim, com bastante presença nas políticas internas e externas de alteração de cenários.

E são dessas que irei comentar a sua importância na modificação de nosso país, em relação a investimentos e poupanças.

As empresas em questão são bem administradas e vivem em uma economia capitalista preservando os objetivos de pleno lucro. A crise de 2008, apesar de o governo naquela época achar que o momento era tranqüilo e se gabar que saiu dela antes dos outros países, os resultados não corresponderam. Até hoje os efeitos fazem mal a economia mundial e nos afeta pela simples razão de sermos globalizados.

 As empresas frearam seus investimentos desde 2008 e agora com mais cautela. O Governo reclamou da iniciativa privada, mas sem consistência. Os empresários trabalham sua gestão com dados e projeções e a atual crise mundial não lhes fornece dados otimistas, o que os levam ao arrefecimento. Existem empresários que usufruíram de alguma forma o beneficio da privatização e na sede de ganhar, ganhar e ganhar e não investiram em melhorias e qualidade, comprometendo o nosso crescimento e desenvolvimento. Exemplos são claros: A telefonia é um dos setores mais gritantes, ofertam os piores serviços do mundo, não respeitam os clientes em todos os campos do direito e cobram as mais exorbitantes tarifas, uma vergonha. As Siderúrgicas no país não têm condições de competitividade, o setor elétrico é outro que tem elevadas tarifas que fazem diferenças brutais com o mundo. As concessionárias de estradas são exemplos reais também. As empresas só querem ganhar, não estão comprometidas com a eficiência, qualidade e investimentos. Pararam de investir, isso é se algum dia investiram.

 Por outro lado, o governo não fez o seu dever de casa, que foram os investimentos públicos divulgados a todos os cantos, como o nome de obras do PAC. Esses investimentos são necessários e importantes para a nossa  economia, pois agregam a participação do setor privado, é como um sistema de cadeia de valores.

Nos períodos em que o governo tinha participação expressiva em nossa economia, nossa média de crescimento era de 7%, porém hoje temos um resultado ínfimo de 1%.

Nossa economia encontra-se estabilizada, porém inerte. Estamos dependendo do investimento público, como citei antes.

 A política de redução de juros é de suma importância para a recuperação de nossa economia, porém sozinha não irá reverter o quadro. Provocou um acréscimo no consumo, gerando até a inflação de demanda.  A crise européia faz danos irreversíveis e nós estamos aguardando o desenrolar da situação, o empresário está de olho no mercado e ai talvez ele não seja o responsável único pela nossa situação desfavorável.

Somos um país atípico, isso eu tenho certeza e já perdemos a condição de 6º no mundo voltando para o 7º, lugar mais adequado. Somos muito lentos para decisões, estamos acostumados a incêndios, faltam planejamento e visão.

Acredito que ambos têm responsabilidades graduais sobre o momento, mas a nação é comandada pelo governo. Fica ai a sua decisão. Não é preciso ser economista, basta viver e sentir.