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Gastar mais do que arrecada: Eis a questão!

06/11/2013

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Esse comportamento continua teimoso em nosso país e o exemplo vem de cima para baixo, o governo endividado e o povo endividado.

As palavras do Empresário Tião Maia, quando entrevistado nos deu uma lição de vida e nós não aprendemos, até hoje. Questionado por uma emissora de TV sobre a sua riqueza, ele nos deu uma dica: gaste menos do que arrecada. Isso faz tempo, cerca de mais de 30 anos atrás e nada mudou.

Com o advento da Bolsa Família, a comunidade não acostumada com tanto dinheiro, saiu gastando e se endividando por ai e ai a mídia divulga que a população brasileira está endividada.

Minhas entrevistas a TV local sempre fui argüido sobre administração financeira e respondia constantemente, que o brasileiro não tem educação financeira, não tem o hábito de planejar e adota a política do incêndio.

Até quando vamos com essa atitude, morreremos como o sapo no buraco ou morreremos como o sapo na panela, sorrindo e feliz.

O que me motivou escrever esse artigo é a atual situação do Brasil, donde percebemos que o Ministro da Fazenda, Guido Mantega em artigo publicado no G1, reconhece que o governo pode não conseguir cumprir a meta revisada do superávit primário para este ano, de 2,3% do PIB.

O desempenho das contas públicas até agora nos demonstram que o gasto é superior as receitas e reverter esse quadro até o fim de ano, faltando poucos dias, só por milagre ou um atendimento especial do bom velhinho nas comemorações das festas natalinas, será que o Papai Noel é também brasileiro, já que Deus é! Acho impossível! Pasmem: a conta de despesa até setembro subiu 13,5% e a receita no mesmo período somente 8%.

Tivemos quatro anos ruins em nossa economia e o culpado sempre foi a Crise Mundial, será isso verdadeiro? Se verdadeiro, porque os outros países da América Latina continuam crescendo com investimento em alta?

Precisamos que a equipe altamente competente do governo apresente um Planejamento que se comprometa com a retomada do crescimento e investimento e ai, recuperar a confiança do país no exterior.

Nossa taxa de juros é estratosférica e prejudica o crescimento da indústria brasileira. O Banco Central preocupado em baixar a taxa de inflação, utiliza a ferramenta do Copom para inibir o crescimento. O Brasil continua sendo recordista mundial em spread bancário e deve ganhar a olimpíada. A inflação brasileira é resistente. Temos que buscar o equilíbrio. O Banco Central faz a política do ioiô, isso é abaixa, levanta, levanta abaixa. Não encontrou a taxa de juros mais eficaz. Atualmente a taxa básica da economia se situa em 9,5% e a taxa média do sistema financeiro é de 19,5%. O que atraiu os investidores foi à dimensão de nosso mercado e o nosso crescimento cantando em versos e prosas.  Podes ter certeza de que a dimensão nós temos de sobra, agora o crescimento é pífio. Segundo o pai da economia, Adam Smith, para funcionar a cadeia produtiva junto ao mercado de modo geral, é necessário a palavra mágica: Confiança. Os países estão perdendo a confiança no país, problemas como mensalão e outros também corroboram para essa atitude.

Temos que desenvolver urgentemente uma política de gastos mais eficazes, fazer valer o ensinamento do Tião Maia e assim oferecer oferecer aos investidores um ambiente mais seguro, sem surpresas. Uma pena, é que talvez isso não aconteça, esse discurso do governo já foi feito inúmeras vezes, não conseguimos enxergar um comprometimento e uma ação de planejamento estratégico para o nosso futuro.

Palavra chave de hoje: Confiança.