Considerado politicamente como um país emergente, o Brasil nesses últimos anos ficou oscilando entre a 6ª e a 7ª colocação no ranking das maiores economias do mundo.
Somos um país de economia aberta e estamos inseridos no processo de globalização mundial, o que tem nos imposto sérios problemas de competitividade.
Somos produtor e exportador de mercadorias como: commodities, minerais, agrícolas e manufaturados, donde atualmente estamos sobrevivendo mediante o bom desempenho do setor agrícola, que hora também sofre os problemas da falta de chuvas.
Nosso PIB no 1º trimestre de 2014 em relação como o mesmo período de 2013 apresentou uma retração de 0,2%, isso é: em valores correntes R$ 1,204 trilhão de reais, bem abaixo do resultado do último trimestre de 2013, que perfez 0,7%.
Nossa balança comercial no tocante as exportações apresentaram um valor negativo de 3,3% e as importações cresceram 1,4% (IBGE maio de 2014).
Variáveis exógenas que contribuíram para esse resultado são:
- A crise econômica na Zona do Euro, fazendo com que se diminuem as importações e reduziram-se investimentos externos;
- O não crescimento esperado da economia da China fazendo que houvesse um pequeno desaquecimento em seus parceiros internacionais;
- O lento e fraco desempenho da economia Americana para sair da crise, preocupando o mundo inteiro o reflexo disso;
- A crise econômica de países componentes da Europa, como financeira e de emprego;
- Crise econômica de nosso país vizinho, a Argentina diminuindo sensivelmente as nossas exportações;
- As eleições presidenciais, gerador de profunda insegurança em termos de investimentos.
- Concorrência dos produtos chineses;
Porém essas são as Variáveis endógenas:
- Falta de credibilidade no país tanto interna como externa, diminuindo os investimentos;
- Diminuição sensível dos dias trabalhados quando da realização da Copa do Mundo no país;
- Queda no consumo das famílias visto as mesmas estarem endividadas, gastarem mais do que perceberam, credito restrito, falta de educação financeira e sentimento de insegurança visto as eleições;
- Taxas de juros exorbitantes, inibindo o consumo de bens de consumo e investimentos;
- A desindustrialização acentuada;
- O crescimento fraco do setor de serviços;
- Queda do investimento e poupança.
Tudo isso fez com que tivéssemos uma forte retração em nossa economia provocando uma previsão de crescimento do PIB em torno de 0,2% a 0,7%, visto que em 2013 crescemos 2,5%. Já o Boletim da Focus do Banco Central prevê um crescimento de 0, 33% e para 2015 cerca de 1,04%.
Como vimos às previsões não são muito boas, devemos apresentar um fraco desempenho este ano.
A confiança dos empresários está mais para os negócios do que para o comportamento da economia. Muitos acreditam que irão faturar mais em 2015.
Perguntados o que o governo poderia fazer para melhorar os seus negócios, cerca de 43% dos empresários responderam : reduzir a tributação do país. Bem, essa conversar já está ficando muito velha, nós vemos que o governo não tem interesse nisso e aí vai se passando os anos, não a Reforma Tributária.
Apesar de termos sérios entraves ao nosso crescimento, como o Custo Brasil que nos tira a competitividade internacional, o brasileiro acredita que após as eleições tudo vai melhorar, que otimismo!
Os cidadãos precisam acreditar que estamos convivendo é um reflexo da política econômica adotada pelos executivos em sua matriz que nos exige profundos reajustes, se não quisermos afundar em uma senhora crise.
Aliado a retração da indústria, inflação, confiança e o não investimento, o crescimento não encontra oxigênio para expandir.
Pela estatística, cerca de 73% dos empresários acreditam em seus negócios, mesmo como desconfianças na economia e farão tudo para o nosso país crescer junto com eles, isso no meu ver, faz a diferença.