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O ano de 2015 deverá ser simplesmente de Ajustes.

02/12/2014

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Muita gente me questiona como economista, o que vai ocorrer em 2015, se o ano vai ser melhor ou pior do que 2014, qual será o comportamento da economia e ainda esqueceram que a Mãe Dinah morreu, somente ela poderia ver o futuro.

Em um País considerado o maior laboratório econômico do mundo, fica difícil responder, pois a inconstância da política econômica derruba quaisquer ações de crescimento e desenvolvimento, inviabilizando uma série de investimentos.

Desde Mário Henrique Simonsen, que não se ouve ou se vê falar em planejamento no país, uma pena, pois esse instrumento e divulgado em todas as Faculdades de Administração e Economia e parece que só os técnicos do governo é que não o conhecem.

Vivemos recentemente um período de estagnação na economia e porque não também, uma recessão técnica e parece que estamos recuperando, mas muito lentamente, o que não é salutar.

Essa questão de lentidão no país já está virando uma bandeira, pois tudo é feito lentamente, até na Formula 1 pois  ficamos conhecidos com o Rubinho Barrichello.

Para quebrarmos esse paradigma, temos que adotar medidas fortes na economia fazendo reajustes e reformas.

O governo adotou uma política errada para conter a inflação e fazer o país crescer, apostou no consumo das famílias e não no investimento e poupança.

Hoje sentimos falta de investimentos privados e públicos, bem como de poupança, levando o nosso PIB a valores irreconhecíveis.

Tivemos em função disso aumento do processo de inflação de demanda, visto que a injeção de recursos nas famílias foi gigantesca com o Programa Bolsa Família, levando as pessoas a consumirem sem planejamento e sem consciência financeira, bem como a redução de tributos nos produtos da linha branca e de automóveis, que provocou a gastança.

Esse programa de incentivo ao consumo foi temporário e perverso, conforme podemos observar ao ambiente negocial de hoje, o Brasil endividado.

A retração da indústria é muito preocupante, pois ela é a nossa mola motriz, gerando inúmeras riquezas, tanto na geração de empregos como em tributos. Com sua queda o cenário não é nada animador.

Nas medidas de ajustes da economia que o governo vai ter que fazer o que nos preocupa e faz com que 2015 não seja o que desejamos, é que haverá aumentos de energia e combustível, já que o governo terá que buscar recursos, o que ele sabe fazer muito bem, ao invés de reduzir gastos.

Vejo a construção de uma bola de neve que vai estourar no ano que vem ou nos próximos, não adianta camuflar ações, pois os prejuízos e as dividas do governo quem vai pagar somos nós, houve muito enfeite de pavão para ganhar eleições.

A atuação situação se fosse em empresas privadas, levariam elas a falência, o que não acontece com o governo , pois é só emitir moedas e dividas a pagar.

Estamos vivendo um tempo de desconfiança. Temos sérios problemas estruturais, ficamos sem investir desde 1990.

Com uma política protecionista, o governo gera vários efeitos negativos, levando a nos sermos menos competitivos e eficientes, além de provocar distorções e gastos públicos desnecessários, reforçando o conceito do Custo Brasil.

Nosso medo é que essa política de preços seja persistente até o fim de 2015.

Com a nova equipe econômica do governo espera-se austeridade junto às contas públicas, uma adoção de uma política de redução de juros, visando o equilíbrio do mercado e por fim restringir os gastos e evitar os desnecessários, com isso, estamos visando melhoras para os próximos anos.

Resumindo acredito que esse ano de 2015 será o ano de arrumar a casa, consertar o que está errado e adotar uma política de crescimento e desenvolvimento ordenado, compatível com os países emergentes, que buscam o seu norte com produtividade.

Não vou ficar comparando dados estatísticos de queda ou crescimento, isso você já todos os dias na mídia, o que é importante é mudarmos e sermos competitivo vivemos na era do conhecimento, da informação, dos dados e isso o empresário brasileiro tira de letra.

Lembre de uma coisa, o País é o retrato dos seus  cidadãos, nós o colocamos como desejamos, nós podemos transformá-lo no que sonhamos, só depende de nossas atitudes, acredito no empresariado que fará a sua parte para que possamos crescer em 2015 sem necessidade da intervenção do governo, que quase sempre atrapalha.

Feliz Ano Novo!