Composta por 142 municípios a região da Zona da Mata começa a sentir que algo de bom está preste a acontecer, visto a constante movimentação da sociedade em prol de mudanças e quebra de paradigmas. Região que já foi berço de nossa indústria se viu comparada ao Vale do Jequitinhonha, abandonada pelo Estado, sem lideranças e sem identidade. Poucos traços de industrialização, centralizada em produção de culturas no campo da agricultura e criação de aves, porcos, bovinos, caprinos, etc. Muitos agentes e atores começaram a discutir e procurar alternativas para a mudança, e no conceito japonês de “Step by Step”, acreditamos que vamos mudar esse perfil ruim engolido há anos. Existiram vários motivos para que a região ficasse desse jeito, mas não vamos discutir, pois ás questões são muito polemicas e não vão levar a lugar nenhum, sempre existe uma justificativa. O que temos que ver é que a participação de instituições e entidades na busca de soluções surte efeitos como à presença no ambiente da Universidade Federal de Juiz de Fora, através do CRITT – Centro regional de Inovação e Transferência de Tecnologia; do NIT – Núcleo de Inovação Tecnológica e da Secretaria de Tecnologia, que com um Projeto do Parque Tecnológico apresenta de fato sinais de desenvolvimento de nossa região através de pesquisa e consultoria e assessoria nos viés de criatividade e inovação. Os resultados profícuos desenvolvidos pelo competente Paulo Nepomuceno, agora dá prosseguimento com similaridade de Alberto Duque Portugal, pessoa de alta visão contemporânea, nos dando a tranqüilidade e certeza da concretização de nosso Parque. Temos que agregar valores para atingirmos nossos objetivos estratégicos de sermos uma cidade, forte e competitiva no futuro, com uma indústria baseada no conhecimento e tecnologia. O modelo antigo ainda sobrevive, mais já dá sinais de arrefecimento. A idéia é de provocar e desenvolver uma série de negócios inovadores, que de certo levara a recuperação da região dinamizando-a. Outro fator de suma importância para contribuir pelo ressurgimento de uma nova região foi à construção de duas obras fundamentais pelo nosso Estadista Itamar Franco, que foi o Aeroporto Regional e o Expominas, vetores reais de crescimento e desenvolvimento. A construção da estrada para o novo aeroporto, em andamento e regularização da sua administração, irá dar o pontapé no processo, visto disponibilizarmos vôos de cargas e passageiros não só para o mercado doméstico como internacional, uma verdadeira alavanca. Podermos enxergar em médio prazo que nos transformaremos em um Pólo Logístico importante para o País e não podemos esquecer que investimento gera investimento. Não podemos esquecer o Parque Tecnológico de Viçosa, do Pólo Audiovisual da Zona da Mata em Cataguases; da Agroindústria Familiar de Matias Barbosa, dos arranjos produtivos de Ubá, São João Nepomuceno, da Embrapa e Emater, etc. Outra idéia que já está dando certo em Minas Gerais é as PPPs e deveríamos incrementar na região, pois temos nichos: Fruticultura, Silvicultura, Suinocultura, etc. Conceituando o Desenvolvimento, como um processo dinâmico de melhoria, que implica uma mudança, uma evolução, crescimento e avanço, acreditamos estarmos no caminho certo, pois o que estamos vislumbrando é a adoção da inovação como a principal bandeira de desenvolvimento. Essa retomada depende das atitudes de nossos concidadãos, não podemos nos iludir com discursos vazios, a transformação da cidade e região depende de nós, seus habitantes.