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Na Economia Brasileira, pimenta nos olhos dos outros é refresco.

09/09/2015

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O ditado popular refere-se à questão que a classe média brasileira vem passando no dia a dia, em função de uma política errônea do governo em querer fazer melhor distribuição de renda (medida populista) nas costas da tão sofrida classe, a única dona da conta.

Vou exemplificar a matéria baseando nos conceitos do Economista Americano Milton Friedman, que tinha como principais idéias defendidas: 1. Liberdade econômica com a mínima participação do Estado; 2. Democracia política; 3. Diminuição do tamanho do Estado; 4. Economia de mercado como fonte para a prosperidade e por fim, Política Fiscal baseada na redução de impostos.

Mas gostaria de completar com algumas de suas frases céleres: “Acho que a solução do governo para um problema é usualmente tão ruim quanto o problema e muita vez torna o problema pior”. Lembra alguma coisa? “Os governos nunca aprendem, somente as pessoas aprendem.” Coincidência? “A sociedade que coloca a igualdade à frente da liberdade irá terminar sem igualdade e liberdade.” Já viu isso por ai?

Quanta coisa aprendemos com o Friedman, tudo o que está acontecendo no nosso país está retratado em suas idéias e pensamentos, só os míopes não o vêem.

Em função do descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal pelo governo provocando um dos maiores rombos nas contas públicas e comprometendo o orçamento para 2016, o Ministro da Fazenda, buscando a solução mais fácil tentou trazer de volta a CPMF, não conseguindo êxito, pois gato escaldado tem medo de água fria. Mas o rombo orçamentário continuaria e tornava-se necessário buscar alternativas de recursos. Pensa-se em tudo: tributação sobre patrimônio, sobre os ricos, IPI, IOF, IRPJ e IPRPF.

Porém, reduzir a maquina Estatal, Ministérios, gastos públicos, nem pensar, é mais fácil tributar.

O Brasil tem a maior carga tributária da América Latina, segundo a OCDE, chegando a 35,7% do PIB, são aproximadamente 92 tributos, não contando com tarifas, laudêmio, afloramento e pedágio (www.portaltributário.com.br).

Os tributos são: imposto, taxas e contribuições.  O maior problema é que pagamos esses tributos e não vemos o retorno, eles são usados para tapar buracos de gastos e déficits de governo, o que não acontece com a Finlândia que a carga é de 50% do PIB, mas existe o retorno na educação, saúde e segurança.

No Brasil esses setores são precários, não existem evoluções para melhor, o país a cada dia fica pior e esses problemas vão se multiplicar.

Vivemos momentos difíceis, inflação em alta, desemprego em alta, produção em baixa, custos setoriais em alta, queda de investimento e poupança, afinal estamos em recessão e aumento de impostos a esta hora é inapropriado.

No governo de Reagan, o Economista Laffer (curva Laffer) propôs ao presidente que reduzisse a carga tributária para aumentar a arrecadação e conseguiu, no Brasil fazemos o contrário e lógico que não conseguiremos.

Tião Maia milionário que vive na Austrália, nos ensinou uma coisa básica quando entrevistado sobre sua riqueza. Relatou que conseguiu a fortuna mediante o seguinte procedimento: nunca gastar mais do que arrecada, simples, não?

Coisa fácil de se fazer, mas o governo não faz  e dá exemplo negativo ao empresariado e ai ninguém faz, vemos então um povo endividado, empresários endividados e governo endividado.

Mas a questão é a seguinte: quem paga a conta? Nós, da classe média, é justo? Dar esmola com o dinheiro dos outros. Redução no Bolsa Família não haverá, redução estudada na Minha Casa Minha Vida parece que também não. Compare tudo que dissemos com os pensamentos do Economista Milton Friedman e veja se é mera coiscidência.

Você sabe quem é responsável por tudo isso: Olhe-se no espelho.