Blog

Artigos

Análise Swot da Economia Brasileira II

25/09/2015

Numeros

Dando continuidade a utilização da melhor ferramenta da administração para fazer a análise de nosso cenário, esperamos contribuir para a gestão do país e seu planejamento, visto que na análise anterior houve mutações expressivas de ambiente, estamos nos referindo a 2012.

 Começaremos pelas nossas Fraquezas:

1. Custo Brasil (permanece)– encarece os nossos negócios tirando a nossa competitividade. Destacamos que os gastos com infraestrutura não foram suficientes para acompanhar o crescimento nacional e mundial, principalmente nas questões de rodovias, portos e energia. Os impostos são o nosso vilão, abocanha cerca de 35,7% de nossa produção e o código tributário é bastante complexo, contendo 92 tributos diferenciados e uma tendência a aumentar com a inclusão da nova CPMF;

2. Consumo Exausto(permanece)– O governo adotou a política de facilitar o crédito visando à expansão do consumo. Vimos crescimento de demandas em carros, televisões, celulares, geladeiras, fogões, etc. Observamos o aumento da inadimplência e a redução drástica do consumo que nos sinaliza um viés de queda para os próximos anos. Atualmente nós gastamos cerca de 22% de nossa renda em serviço de dívida e não existe perspectivas de crescimento;

3. País Exportador de Commodities(permanece)– Exportamos produtos de baixo valor agregado, como, minério de ferro, suco de laranja, carne e soja. Nosso país é a grande economia mais fechada do Hemisfério Ocidental, nosso comércio representa apenas 25% do PIB. O preço das commodities continua baixo no mercado internacional;

4. Falta de Mão de Obra Qualificada (permanece)– Empresas enfrentam sérias dificuldades para encontrar mão de obra qualificada e essa falta é uma das razões para os atrasos em projetos de construção de obras. Isso faz crescer os valores de remuneração do trabalhador com o objetivo de mante-los, cidadão endividado e atividade econômica em queda;

5. Gestão Econômica Empírica– tentativas de fazer crescer a economia depreciando a moeda e desonerando produtos, visando à redução das taxas de juros não deram os resultados esperados, o PIB continua baixo e o crescimento da indústria ainda é muito tímido. Os investimentos estão em queda no país. Brasil rebaixo pela Standard & Poor´s e poderá ainda ser rebaixada por outra agência de risco, a Fitch ou a Moody´s. PIB previsto de -2,7%, podendo chegar a- 3%;

6. Taxas de Juros Elevadas – em função de variáveis econômicas endógenas e exógenas, com a progressão da inflação, o BC através do Copom, aumenta a Selic com objetivo de controlar a inflação e ai prejudica os meios produtivos;

7. Investimentos em Queda – em face de situação macroeconômica do Brasil, o empresariado está com o pé no freio, pois a incerteza é muito grande, fator inibidor;

8. Estagnação e Recessão – esse quadro deteriora a economia brasileira, gerando desemprego e queda de renda a todos os níveis, tanto privado como público, colaborando para aumento da inflação;

9. Gastos superiores a Receitas – demonstrado pela prestação de contas do governo com um enorme rombo e classificado como pedaladas fiscais. Populismo exagerado, administração às escuras, sem o mínimo de planejamento. Grave situação em função de desobediência a Lei de Responsabilidade Fiscal;

10. Tarifaços – aumentos constantes de serviços correlativas a utilização de água e energia, além do aumento do combustível. É mais fácil aumentar tributos do que reduzir gastos e buscar produtividade;

11. Corrupção – fatos como Mensalão e Petrobrás (Operação Lava-jato), tiram a credibilidade do Brasil, conhecido como os maiores Pais fabricante de Pizzas;

12. Queda continua do Setor Industrial – em face de maior carga tributária do mundo, taxas de juros exorbitantes, código tributário complexo, grande desigualdade ente os desiguais e enorme incerteza no ambiente provocado pela recessão, tanto no campo do mercado interno como externo, a indústria vem em uma queda constante;

Nossas Fortalezas são:

  1. Otimismo da Sociedade– Os brasileiros acreditam na recuperação de nossa economia, que crises são passageiras e que demonstramos competência em sair delas. A política de redistribuição de rendas é uma realidade, 40 milhões de pessoas inseridas neste contexto crêem em melhores dias, pois o poder de compra aumentou;
  2. Empresários Empreendedores – temos um diferencial no mundo que é a vivência, experiência e competência de nosso empresariado em todos os setores que lutaram e lutam contra todas as adversidades de mercado e má gestão pública, sobrevivendo com galhardia a todas as crises que já passamos motivo de valorização por outros países a nossos executivos;
  3. Nossas Riquezas – Temos tanto riquezas naturais e materiais, como humanas, o que nos diferencia de todo mundo e que nos dá valor. Temos ainda riquezas ainda não exploradas;

Nossas Oportunidades:

  1. Pré – Sal– A carta ÁS de nossa economia, nos tornando suficientes em combustível, possibilitando-nos independência e supremacia;
  2. Membro de Grandes Organizações Comerciais e Políticas– Atualmente somos a 6ª economia mundial e isso nos dá poder;
  3. Crédito de Carbono– Abundância.

Nossas Ameaças:  

  1. Concorrência– O mercado é cheio de surpresas tanto em protecionismo mercadológicos, como, em protecionismos econômicos e financeiros, prejudicando países, política dos países do primeiro mundo, o grupo dos sete;
  2. Mercado Chinês– Em tese todos os produtos, alguns com tecnologia outros com preços baixíssimos, competição desigual;
  3. Crise Mundial– Afeta de sobre maneira nosso mercado de produtos e financeiro;
  4. Política Econômica dos EUA– O Banco Central Americano deverá aumentar a taxa de juros dos EUA, como forma de atração de investimentos externos, provocando futuras fugas de investidores no país e ainda corroborar para o aumento do valor do Dólar no país aumentando a inflação;

Tentamos em um exercício mental, colocar algumas situações e variáveis que podem contribuir para mudanças futuras, lógico que existem outras, que não foram lembradas, mas que você pode adicionar. Em 2014 tínhamos algumas fortalezas que caíram cm o tempo.