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Nossa Economia mais parece um Jogo de Pôker e o Paternalismo impera.

05/11/2015

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Jogar no seu sentido amplo é somente para profissionais, o achismo acabou há muito tempo, porém pessoas com visão míope continuam apostando nessa forma de administrar a economia brasileira e dá no que dá.

A equipe econômica apostou no consumismo a curto prazo como a solução da crise que estamos vivendo e só piorou o quadro macroeconômico, elevando os percentuais de inflação.

Estamos vivendo um período de arrocho, queda dos valores salariais, crescimento do desemprego, alta de dólar, restrição de crédito, taxas de juros absurdas e tributação excessiva, resultado de uma estratégia, se assim pode-se dizer do governo, promovendo um desequilíbrio macroeconômico, que agora tem que assumir, com juros e correção monetária, lembra-nos a história do dinossauro herbívoro dotado de raciocínio lento para decisões.

Antes de 2008, havia uma política anti-inflacionária coerente que buscava atingir 4,5% o percentual de inflação, tínhamos também uma política fiscal muito boa. Depois de 2008, com a crise internacional de origem americana, passamos a ter  uma situação apertada, porém compreensível, mas o governo a ignorava(a marolinha), a partir daí as coisas só pioraram.

Atualmente, temos um crescimento abaixo da critica e uma baixa produtividade, acrescentando uma fraca negociação no mercado internacional.

A Grécia conseguiu sobreviver, devido ter tido a visão e competência de corrigir seus rumos a tempo, o que não acontece com o Brasil, somos muito lento nas decisões e sempre deixamos para depois. A crise atual emperra também o desenvolvimento de ações, senão vejamos: o ajuste fiscal  proposto pelo governo não anda, a crise moral se aprofunda no poço e ainda existe  possibilidades de impeachment da Presidente.

O mercado clama por criação e inovação, temos urgentemente que progredir e aumentar a nossa capacidade de produção, para sermos competitivos.

Temos que aprender que o Estado tem a obrigação de nos prover de Educação, Saúde e outros serviços como Segurança e não ser nosso pai, nos dando tudo que precisamos menos o essencial, citado anteriormente, que em outros países são de excelente qualidade.

O Brasil tem que deixar de ser Paternalista, programas como Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, etc, o que nos levou a situação de hoje, proporcionando a elevação da carga tributária em até 40% do PIB, visando ajustar á demanda do gasto público, acabando com o s recursos do Estado, gerando assim, as tais Pedaladas Fiscais, o maior rombo da história, perto de 57 bilhões de reais. No Pôker existe um ditado: O que é bom repete, porém não é esse o caso.

É muito beneficio para o Estado pagar, para muita gente durante um longo tempo.

Em 2014, o Governo Federal desembolsou cerca de 500 bilhões de reais em benefícios da Previdência Social, 85 bilhões na Saúde, 55 bilhões seguro desemprego e abono salarial, 30 bilhões de Bolsa Família, Minha Casa Minha vida, compra de eletrodomésticos com cartão especial, etc. Esse modelo arcaico de governo já não existe mais no mundo e os falsos profetas ainda querem continuar a utilizá-los, puro achismo e populismo.  Se continuarmos com essa política míope estaremos fadados a fechar as portas.

Jogar Pôker é muito perigoso para quem é leigo no assunto, as pessoas ficam vendo muito televisão e propagandas de Jogo de Pôker(Ronaldo). O Brasil em 2016 deverá apresentar de novo rombo no orçamento devido à continuidade das pedaladas fiscais, segundo considerações do Tribunal de Contas da União.

As nossas dificuldades são extremamente sistêmicas, é preciso prover uma malha logística mais eficiente, simplificar a cobrança de tributos e facilitar financiamentos, a Indústria já não tem mais fôlego. Nunca se fez planejamento real no País, não nos preparamos para o momento que vivemos, vivemos acostumados a apagar incêndios.

A inflação acumulada é de 9,56%, podendo chegar a 10%, a Selic está 14,25% e poderá subir mais, pois é necessário conter os preços internos.

Os brasileiros estão ganhando menos, existe um crescimento de pessoas desempregadas e isso leva as pessoas ao endividamento e a uma queda na demanda de produtos, afinal estamos em uma  recessão, duvida?

Tempestade a vista, indefinição sobre o desfecho da crise política e a incerteza do dia de amanhã, desequilibra a conjuntura econômica do País, muita gente adquirindo Dólar e não investindo  na produção.  A valorização do Dólar é fruto da retomada da economia americana(origem), mas agravada pela nossa situação interna  relativa às questões de nossa fragilidade e das incertezas.

Há duas coisas certas na vida, a primeira é a morte e a segunda são as mudanças, ainda há tempo de recuperarmos, basta querermos. O capitalismo existe, e é salutar; lucro não é pecado e nunca foi; trabalhar enobrece o homem. Esse é o meu Brasil!