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Os Rumos de uma Economia em frangalhos.

15/07/2016

Financial Crisis 544944 640

 

O que a falta de Competência e Planejamento pode fazer com uma economia, é simplesmente desastroso o que ocorreu nesses últimos anos de um governo totalmente populista.

Atualmente os empresários estão adiando seus investimentos e os novos empreendedores estão aguardando momentos menos incertos para darem inicio aos seus projetos, uma longa espera, o que nos leva a uma profunda recessão e estagnação.

O pior é que estamos no ano eleitoral com relação aos municípios, onde recursos irão aparecer do nada, pois todos os Estados e Municípios estão quebrados, proporcionando em tempo de Olimpíadas 2016 uma série de pedaladas fiscais, isto é gente gastando o que não tem, mas que levará todos ao “pódio”.

Voltando a questão macro da economia, destacamos a total falta de investimentos em infraestrutura, o que tem nos levado a sermos não competitivo e improdutivo, no conceito de produtividade, tanto internamente quanto externamente, falta-nos planejamento estratégico, principalmente em longo prazo.

Acredito que por termos vivido um governo militar por um bom tempo, a cultura dos nossos administradores ficou sedimentada na opção de serem Bombeiros Militar, isto é, apagar sempre incêndios ou operários da EMPAV no tocante a tapar buracos, só medidas emergenciais e isso não é novidade, pois até nas empresas acontecem isso, inexiste o Planejamento.

 Lógico que a crise que estamos passando é originária de uma política econômica errônea, política essa que apostou no consumo e nos benefícios fiscais em relação aos produtos da linha branca e do setor automobilístico. Situação parecida com a do Estado do Rio de Janeiro na aplicabilidade da Lei Rosinha e da atual legislação fiscal, não respeitando o CONFAZ e o resultado é o que sabemos hoje as vésperas da Olimpíada. Gastar mais do que arrecada ou fazer pedaladas fiscais, não podemos nos submeter á política partidária, senão perderemos ainda mais a credibilidade nacional e internacional.

Para mudar o rumo da economia, na questão econômica aguardamos medidas duras já anunciadas pelo governo atual em seu discurso a nação evitando assim o agravamento da crise. Essa retomada dependerá somente do governo, ele tem obrigatoriamente fazer o seu dever de casa. O ajuste fiscal é inevitável, sem ele não andaremos.

Na questão política, aguardamos o Impeachment da Presidente da República e somamos ao resultado da comissão de justiça e da votação que ocorrerá no congresso sobre o afastamento definitivo do presidente anterior. A eleição do novo presidente já dá uma tranqüilidade aos rumos de nosso país quanto ao andamento das votações urgentes de recuperação de nossa economia dentre outras e da volta de investimento no país.

Vamos ficar atentos apenas ao flutuar do câmbio, pois a queda da cotação da moeda americana favorece a queda da inflação, melhora as condições das empresas com divida na moeda e aumento significativamente o poder de compra da população em geral, porém, por outro lado o Brasil ficará menos competitivo e caro para o mercado externo.

O mercado externo em queda é um fator preocupante também e uma das razões para isso é essa enorme recessão por qual passamos, bem como, a Rússia, afinal vivemos num mundo globalizado e tudo isso influencia.

Por nossa luneta só conseguimos ver uma recuperação saudável em 2018, já que está previsto crescimento zero para 2017 e esse ano uma retração de 3,3%, nosso déficit atual é de 155 bilhões de reais.

A nau está com rumo determinado, o norte já pode ser visto, porém vai depender dos ajustes comentados e da participação ativa do governo e da sociedade em geral, estamos juntando os pedaços.