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Perspectivas Econômicas para o Brasil de Amanhã.

21/12/2016

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Venho ensinando há bastante tempo aos meus discípulos que para ficar bem na vida, é necessário adotar o seguinte procedimento, gastar o estritamente importante para a sua sobrevivência e se houver poupança investir, nunca gastar mais do que se tem de renda.

O que temos de resultado, o País não entendeu o recado que é de meu conhecido Tião Maia e incorreu nas pedaladas fiscais causando o impeachment da presidenta Dilma.

Agora, pasme, o governo do Temer tentando recuperar o estrago que seus antecessores fizeram a economia, cria um pacote fiscal e acerta a negociação das dividas com os Estado brasileiros, exigindo algumas contrapartidas, como não gastar mais do que arrecada e o que vemos: O congresso rejeita e aprova a negociação com os Estados sem contrapartida. Por isso, que algumas autoridades mundiais dizem que o nosso País não é sério.

Mesmo que você queira ser otimista quanto às expectativas de recuperação da economia, atitudes como esta, inviabilizam qualquer planejamento futuro.

O país vive a maior recessão de sua história, o desemprego não para de crescer, a economia não reage, as empresas estão à míngua.

O que observamos é que com o crescimento do desemprego e retração de investimentos, o cenário claramente se torna desfavorável, o que é pior do que se imagina somado ao alto endividamento e ociosidade das empresas.

Temos ainda outras variáveis macro econômicas negativas e incontroláveis, como: Em fevereiro mudança na presidência da Câmara e do Senado, este ano, aumento da taxa de Juros Americana, Reforma da Previdência, Eleição de Donald Trump,  eleições no Brasil  em 2018 e os resultados da Operação Lava Jato (A delação premiada da Odebrecht pode gerar problemas sérios no núcleo do governo).

 Em um ambiente como esse é muito difícil imaginar que alguém irá assumir um compromisso importante de longo prazo relevante para a economia.

Acredito que em função da deterioração do nível de desemprego, queda da renda e queda na demanda de crédito, um novo ciclo de desenvolvimento dificilmente irá ocorrer antes de 2019, esses são sem dúvidas grandes obstáculos.

É realmente difícil vencer os obstáculos atuais, o ambiente não permite o crescimento do consumo das famílias e ai vai permanecendo na estagnação. Essa recessão é a pior de todos os tempos, não é marola. Se o Banco Central adotar uma política mais agressiva com relação à redução dos juros, acredito que estaremos dando um grande passo para a recuperação.

Em 2017, o governo acredita que termos um crescimento do PIB em torno de 1,2%, expectativa otimista, lógico se tudo correr bem na economia, porém chamo a atenção para os fatores analisados anteriormente que vão de encontro com esse otimismo, somente a partir de 2018 é que poderemos ver uma luz lá no final do túnel, só vejo crescimento em 2019.

A questão é o país somente irá crescer se houver incremento de demanda. O ajuste fiscal é como um Melhoral, seu efeito dura pouco e o governo não vai atingir as suas metas de arrecadação, pois o povo está endividado, as empresas estão endividadas, a taxa de juros é alta, existe restrição de crédito. Nada se cria tudo se copia, porque não adotar como objetivo principal a lei de responsabilidade Fiscal. Quem sustenta a economia é o consumo, e as famílias estão fragilizadas pela queda do nível de renda e pelo medo de perder o emprego.

Precisamos enfrentar as reformas e compreender que o populismo é o caminho mais rápido de afundar a economia e é somente o que temos visto atualmente.

Muita gente pensa o contrário de mim, me acham pessimista e que eu deveria é falar bem do nosso futuro ensinando  a conviver com esse obstáculos, mas eu pergunto: Como viver e sobreviver em um país que é conotado como corrupto, uma cultura que se alastrou nos últimos 14 anos, parecendo erva de passarinho, um país de ilusionistas barrando até o maior do mundo, o espetacular Criss Angel, um país em que não se respeita a Constituição.

Não sou pessimista, sou realista e acho que nós somos os responsáveis pelo momento em que vivemos, seguindo o pensamento do maior Economista Americano  Milton Friedman que diz o seguinte: “Se você quer saber quem é responsável pela inflação que vivemos, olhe-se no Espelho.”

Temos que ser otimistas, porém temos que construir o nosso habitat.