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Indústria Brasileira sob pressão.

25/07/2011

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Com aproximadamente 5 milhões e 970 mil empresas o ambiente negocial brasileiro passa por momentos difíceis, visto a política econômica e monetária do Banco Central que insiste em aumentar a taxa básica de juros no mercado via SELIC através de reuniões do COPON. O viés ascendente preocupa a classe produtiva brasileira, principalmente os setores de micro e pequenas empresas que necessitam constantemente de combustível para continuarem acesas e competitivas (capital de giro). Fora o aumento das linhas de financiamentos, essa atitude provoca também o aumento do índice de preços, gerando a inflação de custos e ainda mais, a valorização do Real , fazendo com que percamos o mercado externo, tão importante para o nosso país, visto estarmos fundamentados simplesmente em comodities. A cabeça foi feita para pensar, mas insistimos em não utilizá-la, no Banco Central existem vários economistas de peso e esses poderiam parar um pouco os seus afazeres e pensarem em uma solução para atual crise que se desencadeia: Porque não desenvolvemos um projeto que vai diferenciar a nossa política de juros no mercado em especial para o setor industrial, ver imposto de renda. O Banco Central alega que atual política visa conter a demanda excessiva, porém ele tem que frear os gastos públicos (corriqueiros) que provocam a inserção política de recursos no mercado, como: Bolsa Família, Bolsas em Geral e utilização de recursos públicos em obras públicas e privadas sem o devido zelo. Escândalos são freqüentes, o aumento de consumo desaserbado das classes C e D são notórias, isso tudo provoca a inflação de demanda. Nossa visão holística nos infere que o mercado doméstico e externo nos dá sinais de arrefecimento nos próximos meses, o que provocará sem dúvida uma queda na demanda, então se pergunta: Será
que o BC não está vendo isso e que isso contribuiria para que as decisões do COPON fossem mais favoráveis ao mercado e aos investimentos.

O setor indústria no primeiro semestre apresentou crescimento com valores positivos, porém muito aquém do que a indústria nacional possa produzir. A própria projeção do governo para o nosso PIB é de 4,3% e algumas empresas especialistas em análise prevêem 3,44%. A economia mundial está sobre alerta, pois as quebradeiras estão por porvir, principalmente na Europa. Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e até a Itália estão em situações adversas monetariamente e financeiramente. Há sinais de estagnação. Não pensem que os EUA estão fora, porque não está, atravessa uma crise muito forte de dependência financeira, correndo risco de moratória. Viram só o que nos espera, é altamente ruim para as nossas empresas exportadoras, estamos ficando fragilizados, as medidas do governo para nos darem oxigênio ainda não foram implantadas e Deus sabe quando. Com a retração de investimentos e poupanças, vamos ver um quadro negativo no que se refere a emprego, pois não haverá geração de cargos para evitar taxas altas de desemprego, ainda mais com o viés de aumento de taxas de juros. O Banco Central centrar seus
esforços para conter a inflação utilizando a ferramenta de aumento de taxas é uma atitude bastante ousada e perigosa, pois pode provocar uma quebradeira gera, essa política monetária restritiva terá um custo alto para o governo. Uma coisa já começa a aparecer à redução do consumo, principalmente no setor automobilístico, que estava a mil. Interessante é que o Brasil busca a todo custo aparecer no mercado como uma economia exemplar e ainda pratica a maior taxa de juros do planeta, o maior spread, o maior encargo social, a maior fiscalização empresarial , tem tudo para conseguir a medalha de ouro na próxima olimpíada, mantendo o status de nossa equipe de vôlei. Sem um setor produtivo forte e
competitivo, nosso país nunca poderá oferecer empregos a comunidade, indo em contradição a política de comércio exterior no que se trata a cessão de vistos a estrangeiros, oriundos desses países citados acima que estão em crise. Cada dia mais entram estrangeiros no país para tomarem empregos de nossos concidadãos, em 2009 foram 45.000, em 2010 foram 65.000 e agora no meio do ano estamos alcançando quase o dobro do ano passado. Nós país em desenvolvimento, emergente, chamem como quiserem, não conseguimos entrar em outros países com o
nosso tradicional passaporte verde, com visto de trabalho. O ambiente está parecendo o da Teoria Econômica do Pleno Emprego de John Maynard Keynes, não existe desemprego no país, acreditem se quiserem. Bem aprenderam mais um termo economês: falácia.