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Educação Financeira

27/04/2015

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Muitas vezes somos argüidos sobre questões financeiras do cidadão brasileiro, como investir, quando investir,investir em que? Mas temos também perguntas sobre questões de endividamento, inadimplência, juros altos, etc.

Comentamos, explicamos e tudo continua na mesma. Qual a razão de tudo isso?  Educação, lógico! Mas falta a outra perna dessa história, a disciplina e a força de vontade. Temos que sair imediatamente de nossa zona de proteção. Temos que agir com a razão e não com a emoção.

Fora o stress, que é a doença que mais mata neste mundo e que temos que saber conviver com ele, temos no ambiente econômico e financeiro um outro sintoma muito forte que agarra como um vírus: o impulso. Quem não tem, com tanta propaganda e armadilhas de consumo.

A solução é realmente a Educação Financeira, utilizando uma ferramenta administrativa bastante conhecida e muito pouco utilizada não só pelos cidadãos como pelo governo, que é o Planejamento.

Se raciocinarmos, todo mundo planeja só que não coloca no papel. Senão vejamos: você acorda a tal hora, agendada anteriormente, toma banho, escova os dentes, escolhe o vestuário, toma café, come furtas ou não, vai de carro, ônibus ou a pé. Tudo isso é planejamento você tem isso por escrito? Quantas pessoas não usam agenda pessoal ou empresarial? Muita coisa de ruim que acontece no Brasil poderia ser evitada se os executivos utilizassem essa ferramenta.  Nós preferimos ser Bombeiros, apagar incêndios a prevenir incêndios.

Comece hoje a sua educação financeira: convoque todos da família para uma reunião antes da novela. Leve folha de papel, documentos e maquina de calcular.  Anote toda a renda da família a direita da folha, como salários, alugueis, biscates, etc. A esquerda anote todas as despesas: aluguel, colégio, impostos, taxas, supermercado, prestações normais e atrasadas destacando-se os juros e multas se houver, enfim todas as despesas fixas do mês, exclua os supérfluos ou adie. Feche o balanço, isso é some as rendas e diminua as despesas, se sobrar de preferência a poupar e não busque reduzi-las, através de negociação ou empréstimos mais baratos do que os atuais, parentes ou crédito consignado.

Não estamos na época de gastar mais do que temos para receber. Estamos na época das vacas magras: juros altíssimos, moeda desvalorizada, desemprego a vista, produção industrial em baixa, fechamento de atividades econômicas, aumento de taxas em função do ajuste fiscal.

Vimos por esses dias, uma retirada da poupança enorme pelos investidores, cerca de 11 bilhões e a justificativa era de que as pessoas super endividadas estavam pagando as suas contas em sua maioria e se segurando em função de desemprego.

Existem pessoas que também retiraram devido à baixa remuneração da poupança e optaram para outros investimentos de preferência os de renda fixa, como LCI, LCA, CDB, Fundos do Tesouro. Alguns desses com isenção do imposto de renda e com o fundo garantidor de até R$250 mil. Renda Variável, nem pensar isso, é só para profissionais.

Realmente esse fato explica a nossa situação atual, se tivermos dividas, vamos liquidá-las, pois se não o fizermos, estaremos de frente de enorme bola de neve. Se tivermos valores entre R$5mil e R$10mil, sugiro ficarmos com a poupança, porém se tivermos valores acima melhor é investir nos investimentos de renda fixa, mas converse com o seu gerente de banco, para receber orientações. Como sugestão que tal reservarmos valores para nossa previdência privada, como PGBL e VGBL.

Investimento em moeda eu não aconselho, pois elas são muito voláteis, somente para quem vai viajar e quer fazer uma cesta de moedas, ficando com valores médios.

Imóveis, também é o mesmo raciocínio, os preços estão altos, comprar para investimento somente se o aluguel superar os investimentos financeiros. Adquirir imóvel somente para quem vai comprar sua casa própria. Agora um alerta, se você tem recursos disponíveis aguarde que os preços vão cair, em função da Lei da Oferta e Procura, seja um jacaré fique na espreita, na espera de um bom momento, isso é, investimento puro, compra e venda.

Realmente o ano de 2015 deverá ser um ano bastante difícil, é melhor prevenirmos.  A política econômica dos EUA deverá ainda demorar um tempo para aumentar as taxas de juros, com isso temos tempo de atrair investimentos externos para o país, com isso a esperança reacende. Vejo a necessidade de o país incentivar as exportações e reduzir as importações.

Vimos nas questões sociais como o aumento da criminalidade, que muita gente tenta justificar com a questão do investimento na educação, tem prós e contras, mas então porque não utilizamos esse conceito para a questão da inclusão da matéria nas grades curriculares das escolas, ensinando a sociedade a ter educação financeira, com isso, evitaríamos os resultados de hoje, mas infelizmente o Sistema não permite, existem interesses outrem, infelizmente, é a vida.